17 June, 2012

Sazonal


Sóis e torrentes, pólen, folhas ao chão. Assim o meu amor, cíclico recomeço de uma vida escassa, entremeios de sensações, permeada pela necessidade do povir e das esferas já (re)vivenciadas. Pergunto se quero isto pra mim - inegavelmente, sim. Pergunto, ainda, se espero pelo amanhã - talvez. Pergunto, por fim, se haverá a conclusão de uma etapa - fatalmente.

Hoje suei frio, por saber que outrora já experimentara o calor - e mudou o clima. Quiçá esteja ameno, temperado... e temperamental. Superestima-se a previsão, sempre é. Encontro-me estática ante ao tudo e ao nada, linha tênue de divisão. Corda bamba em que se tenta equilibrar. Evitando o olhar cabisbaixo a fim de não cair e me perder.

E tenho em mim a força motriz. Canto um samba pra não perder o jogo de cintura. A mais sincera oração, pra não faltar a fé. Afasto as horas pra não contar o tempo. Constatação inequívoca de que está na natureza - inclusive minha; é sazonal.

1 comment:

Mari Borges said...

por que você escreve assim tão lindo? =~